Aqueduto de Vila do Conde

O Aqueduto de Vila do Conde é, segundo a revista National Geographic (versão espanhola), o 4.º mais belo aqueduto do mundo, apenas atrás de Pont du Gard em França e dos aquedutos de Segóvia e dos Milagres em Espanha.

Fundado no início do século XIV, a comunidade monacal de Santa Clara de Vila do Conde debateu-se desde o início da edificação do mosteiro com problemas relacionados com o abastecimento de água.
Na época foi construído um tanque, uma “arca de água”, dentro da cerca do mosteiro, uma solução que se tornou insuficiente nas centúrias seguintes. Em 1626 a abadessa do mosteiro, D. Maria de Meneses, deu início à construção de um aqueduto que transportaria as águas de uma nascente em Terroso até ao mosteiro.
Os terrenos necessários à edificação foram adquiridos pela abadessa, e contrataram-se mestres pedreiros para darem início à fábrica de obras. No ano de 1636 estas eram interrompidas, devido a um problema de desnivelamento que inviabilizou todo o trabalho feito até então.
Em dezembro de 1705 D. Bárbara de Ataíde, a nova abadessa, contratou o engenheiro militar Manuel Pinto de Villa Lobos e o capitão Domingos Lopes para delinearem um novo projecto para o aqueduto.

Pedreiros João Lima e Domingos Moreira

A direcção das obras foi adjudicada a João Rodrigues, mestre pedreiro de Ponte de Lima. Algum tempo depois, o mestre abandonou as obras, por falência, pelo que as Clarissas entregaram a obra a Domingos Moreira, mestre de Moreira da Maia. Em outubro de 1714 a água chegava pela primeira vez ao claustro do mosteiro.
O aqueduto era formado inicialmente por um conjunto de 999 arcos de volta perfeita, abrangendo uma extensão que ultrapassa o actual limite do concelho de Vila do Conde. No entanto, em 1794 um furacão destruiu parte da estrutura. Já no século XX, entre 1929 e 1932, quando a igreja de Santa Clara foi restaurada, alguns dos arcos foram intencionalmente deitados abaixo, para que se tivesse melhor vista sobre a abside do templo.
A estrutura subsistente apresenta uma arcada cuja altura e envergadura decrescem, apresentando nalguns troços fenestração no remate superior. A obra foi dedicada pelas freiras clarissas a Santo António, tendo sido colocada uma imagem do padroeiro no depósito do aqueduto.
Informação obtida na página “Património Cultural – Direção-Geral do Património Cultural”

Localização: (41°21’51.88″N 8°44’28.63″W) Rua Dom Sancho I – Vila do Conde – Porto – Região Norte – Portugal