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Sexta-feira, Maio 3, 2024

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Portal do Mosteiro de Travanca

AMARANTEPortal do Mosteiro de Travanca –  Detalhes do capitel das colunas das arquivoltas do fantástico portal axial, onde estão representadas aves com pescoços enlaçados, serpentes, figuras humanas e monstros que tragam homens desnudos. O portal rasgado em corpo saliente, encimado por cornija sobre modilhões retangulares e ornado com mísulas em forma de cabeças de bovídeo.
A fundação do Mosteiro do Salvador de Travanca é atribuída a Garcia Moniz, filho de Moninho Viegas, o Gasco, na segunda metade do século XI.
Ao longo da Idade Média, Travanca mostrará uma influência relevante no controlo económico, político e religioso da região, fosse por doações ou pela zelosa administração dos seus bens. O instituto integrava então a Terra de Sousa, tendo permanecido no concelho de Ribatâmega, apesar de ter sido coutado por Dona Teresa em 1120.
No século XIV destaca-se por ter contribuído com a elevada soma de 1800 libras para o imposto extraordinário a favor das Cruzadas.
Este Mosteiro esteve sob a gestão de abades trienais beneditinos até finais do século XV ficando, a partir de então, sujeito aos abades comendatários cujas comendas terminaram no ano de 1565.
Após este período, o Mosteiro volta à gestão de abades nomeados trienalmente pela comunidade, coincidindo com intensas atividades construtivas e reconstrutivas até à sua extinção em 1834.
Após esta data, o Mosteiro cai na escuridão do esquecimento, voltando a viver para a comunidade nos inícios do século XX, através das obras de restauro da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais e a instalação de uma dependência hospitalar nos seus espaços.
Já nos inícios do século XXI adquiriu novas funções, desta vez, para educar “os homens e mulheres d’amanhã”.
Apesar das dependências monacais remontarem ao século XI, a sua Igreja é do século XIII, notabilizando-se no contexto do património românico português pelas excêntricas dimensões e pela importância da sua ornamentação escultórica dos capitéis.
De aludir, também, à extraordinária torre que ladeia a Igreja. Na Idade Média a torre era entendida como símbolo de segurança e, na ausência de castelos, a Igreja era a melhor fortaleza.
Independentemente da função a que se destinava, a natureza religiosa e uma pretensa vontade militar são, nestes casos, indissociáveis. É, ainda, por esta razão que a torre de Travanca tem de ser entendida enquanto elemento de afirmação senhorial, ou seja, do poder de uma família sobre uma região. A 17 de janeiro de 1916 o conjunto monástico é classificado como Monumento Nacional, reconhecendo-se o valor patrimonial e histórico deste Mosteiro para Portugal.
Este é um dos Mosteiros que integra a Chamada Rota do Românico (Rota do Vale do Tâmega) (http://www.rotadoromanico.com/)
(41°16’40.46″N 08°11’35.61″W) Mosteiro do Salvador de Travanca – Travanca – Amarante – Porto – Região Norte – Portugal
“Suporta o mal com paciência e perdoa, pois há nele grande e verdadeira sabedoria.“ – Maomé
AMARANTEPortal do Mosteiro de Travanca

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