Os dióspiros de roer, ou de polpa rija, são menos adstringentes e muito semelhantes à maçã. Por isso sentem dificuldade em mudar de campo, só o fazendo em absoluta necessidade de emprego.

Já os dióspiros de abrir, ou moles, são mais ricos em taninos e por isso mais disponíveis para garantir “o bem da República” seja qual for a origem do pedido ou esperança de poder. Mal dizentes até acham que dependem de quem chama, tanta é a disponibilidade para o bem comum.

Estes nossos dióspiros são ricos em vitaminas. Assim são vistos por quem os recruta, para entregarem mensagens “amigas” mas protegidas pelo anonimato, “seguras” mas sem a garantia da “promessa” cumprida.

Isto é, os nossos dióspiros dão um jeito do caneco! E eles são tantos, por aí nas sombras dos coretos à espera de uma chamada que, finalmente, reconheça a sabedoria que brota do seu núcleo que, como se sabe, dá um fruto suficientemente vermelho e ao mesmo tempo alaranjado.

Ou seja, bivalente, de acordo com as necessidades do mercados.

Saiba também o amigo leitor que o consumo de dióspiro contribui para a saciedade, pois é rico em fibras solúveis, que em muito contribuem para a regularização do trânsito intestinal.

Também é rico em água, que representa cerca de 80% da sua constituição.

Assim, o consumo de dióspiro, dentro das porções recomendadas, favorece a regularização da diarreia, colite e colesterol. Isto, para além de ajudar a uma pele mais bonita e ossos fortes.

Em suma: o dióspiro é essencial à democracia, na nossa terra!

Por Arnaldo Meireles