Richard Nixon não resistiu à investigação jornalística do Washington Post apesar das primeiras recusas em confirmar o escândalo descrito em 1973 e que abalou a Amércia. Mas a democracia resistiu. Confira a linha do tempo de Watergate: do crime às consequências

ARQUIVO - O presidente Nixon está sentado em seu escritório na Casa Branca em 16 de agosto de 1973, enquanto posa para o fotógrafo depois de fazer um discurso na televisão nacional sobre Watergate. Nixon repetiu que não tinha conhecimento prévio do arrombamento de Watergate e não estava ciente de qualquer encobrimento. (Foto AP, Arquivo)
O presidente Nixon sentado no seu escritório na Casa Branca em 16 de agosto de 1973, enquanto posa para o fotógrafo depois de fazer um discurso na televisão nacional sobre Watergate. Nixon repetiu que não tinha conhecimento prévio do arrombamento de Watergate e não estava ciente de qualquer encobrimento.

17 de junho de 1972: Cinco homens são presos numa invasão na sede do Comité Nacional Democrata no hotel Watergate e complexo de escritórios em Washington.

20 de junho de 1972: Presidente Richard Nixon e assessor HR Haldeman discutem Watergate. Mais tarde, os promotores encontram uma lacuna de 18 minutos na fita (gravação) dessa conversa.

15 de setembro de 1972: Sete homens, incluindo dois ex-assessores da Casa Branca, são indiciados pelo arrombamento de Watergate.

11-30 de janeiro de 1973: Cinco dos homens se declaram culpados de conspiração, roubo e escutas telefónicas. Dois são julgados e condenados.

30 de abril de 1973: Haldeman e o assessor de Nixon, John D. Ehrlichman, renunciam. O assessor da Casa Branca John Dean é demitido.

16 de julho de 1973: Testemunho perante o Comité Watergate do Senado revela que todas as conversas de Nixon na Casa Branca foram gravadas.

24 de julho de 1973: A Suprema Corte determina que Nixon deve fornecer as fitas (gravações) e documentos intimados pelo promotor especial de Watergate, Archibald Cox.

20 de outubro de 1973: Cox se recusa a comprometer as fitas (gravações), e Nixon ordena que o procurador-geral Elliot Richardson demita Cox. Richardson se recusa e renuncia em protesto. O procurador-geral interino Robert Bork demite Cox. Isso torna-se conhecido como o Massacre de Sábado à Noite.

24 de julho de 1974: A Suprema Corte determina que Nixon deve entregar as fitas (gravações).

27 a 30 de julho de 1974: O Comité Judiciário da Câmara aprova três artigos de impeachment: obstrução da justiça, abuso de poder e violação do seu juramento de posse e descumprimento de intimações da Câmara.

5 de agosto de 1974: A fita da “arma fumegante” torna-se pública. Na gravação de uma conversa de 23 de junho de 1972, Nixon é ouvido aprovando uma proposta do seu chefe de gabinete para pressionar o FBI a desistir da investigação do arrombamento de Watergate seis dias antes. Os republicanos abandonam Nixon apesar de pretenderm manter o apoio.

9 de agosto de 1974: Nixon renuncia.

8 de setembro de 1974: O presidente Gerald Ford perdoa Nixon.

Texto e fotos por AP

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Bob Woodward, um dos jornalistas que revelou o escândalo Watergate, que provocou a renúncia de Richard Nixon à presidência dos Estados Unidos em 1974, aborda o governo de Donald Trump no seu livro mais recente.

“Fear: Trump in the White House” (Medo: Trump na Casa Branca) “revela com detalhes sem precedentes a vida angustiante dentro da Casa Branca de Donald Trump e como o presidente toma decisões sobre as principais políticas internas e externas”, anunciou a editora Simon & Schuster.

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