Com Marcelo em retiro no palácio de Belém, o actual e futuro primeiro-ministro decide quem convida para o seu governo, seguro numa maioria absoluta que lhe permite planear o futuro político do país e, ao mesmo tempo, os caminhos do partido socialista. Não se confirmou a tese do PR sobre a saída de cena de Costa em 2023, e este, conformado, relança a política para uma maratona que acabará por preparar as futuras presidenciais.
E no PS, acaba por refrear os motores entretanto muito quentes à volta do ministro da TAP que com este adiamento acabará despedido da luta pela liderança socialista agora recondicionado e sobretudo dependente das novas estrelas que brilharão no Largo do Rato em Lisboa.
Pela primeira vez, desde 2015, António Costa pode escolher em liberdade o “seu” governo que será sustentado pelo seu PS. Daqui virão as tendências e turbulências, embora só deva preocupar-se com o barulho dos ex-parceiros da geringonça que se fará sentir na ruan e com as “contas certas” a que está submetido por Bruxelas.
António Costa é o dono do tabuleiro do xadrez. Como ele gosta.
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