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PORTO - Olhares de Amor de Miragaia até à Ribeira - Região do Norte

PORTO – Olhares de Amor de Miragaia até à Ribeira

Miragaia – antecedentes e memória

Aquando da invasão romama, no século II, o chamado itinerário do imperador  indica, à margem direita do rio Douro, uma pequena povoação denominada como “Gale e que, de acordo com Pinho Leal, significava “defronte de Gaia”. Nesta povoação, os viajantes que vinham pela estrada romana da Bracara Augusta para o sul, aguardavam as embarcações que os conduziam, para leste do hoje desaparecido Castelo de Gaia, rumo a Vila da Feira, Aveiro ou Coimbra.

De acordo com texto relatado na Wikipedia, outros autores pretendem que a povoação seja mais antiga, com base numa inscrição epigráfica na sua igreja, onde se lê, em latim: “Prima Cathedralis fecit haec. Basilius oh egris quam pedibus sanus, condidit inde Petro” (em língua portuguesa, “Esta foi a primeira catedral do Porto. S. Basílio, apenas se viu são dos pés, a edificou, e por aquele motivo a dedicou a S. Pedro”). Basílio, apontado por alguns como primeiro bispo do Porto, teria falecido em 37, sendo essa argumentação, hoje, objeto de discussão.

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PORTO – Olhares de Amor de Miragaia até à Ribeira

Miragaia – antecedentes e memória

Aquando da invasão romama, no século II, o chamado itinerário do imperador  indica, à margem direita do rio Douro, uma pequena povoação denominada como “Gale e que, de acordo com Pinho Leal, significava “defronte de Gaia”. Nesta povoação, os viajantes que vinham pela estrada romana da Bracara Augusta para o sul, aguardavam as embarcações que os conduziam, para leste do hoje desaparecido Castelo de Gaia, rumo a Vila da Feira, Aveiro ou Coimbra.

De acordo com texto relatado na Wikipedia, outros autores pretendem que a povoação seja mais antiga, com base numa inscrição epigráfica na sua igreja, onde se lê, em latim: “Prima Cathedralis fecit haec. Basilius oh egris quam pedibus sanus, condidit inde Petro” (em língua portuguesa, “Esta foi a primeira catedral do Porto. S. Basílio, apenas se viu são dos pés, a edificou, e por aquele motivo a dedicou a S. Pedro”). Basílio, apontado por alguns como primeiro bispo do Porto, teria falecido em 37, sendo essa argumentação, hoje, objeto de discussão.

A lenda de Gaia

No ano de 932, o rei D. Ramiro II de Leão e das Astúrias viajou de Viseu, onde residia para raptar Zahara, a bela irmã do xeque Aloboazar. Este por sua vez, como vingança, raptou a não menos bela esposa de Ramiro, a rainha Gaia, tendo ambos vindo a apaixonar-se um pelo outro. Ramiro, ignorando este amor, vem com o filho e as suas gentes de armas até ao castelo do rei mouro que se erguia na margem esquerda do rio Douro, a caminho da foz. Ramiro escondeu as suas gentes numa encosta, sob a folhagem e, vestido de romeiro, subiu a mesma postando-se junto a uma fonte, no aguardo de novidades. Uma criada veio buscar água fresca à fonte para a sua nova ama – a cristã. Num átimo, Ramiro escondeu o seu próprio anel na bilha de água da moura e continuou a aguardar.

A rainha Gaia, ao encontrar o anel na bilha da água, pressentiu a verdade e mandou chamar o romeiro à sua presença. Apaixonada pelo mouro, decidida a desfazer-se do marido cristão, embriagou-o e prendeu-o num quarto, que foi aberto à chegada de Alboazar. Ramiro tentou reagir mas em pouco tempo foi rendido pelas gentes do mouro que, sorrindo, perguntou-lhe o que ele, um rei cristão, faria se tivesse em suas mãos o seu inimigo. Tendo em mente o combinado com os seus homens, ainda ocultos na encosta, Ramiro respondeu que lhe faria comer um capão, beber um canjirão de vinho, e depois postá-lo-ia no topo de uma torre a tocar trompa até rebentar. Alboazar achou graça e garantiu-lhe que seria essa então a sua morte. Para maior gáudio, determinou abrir os portões do castelo convidando todos os moradores extramuros a assisti-la.

Ramiro comeu, bebeu, foi conduzido ao alto da torre e tocou a trompa até que as suas gentes, ao ouvir o sinal combinado, irromperam pelos portões abertos do castelo, chacinando as tropas do mouro desprevenidas. O próprio Ramiro matou Alboazar e, tomando a sua mulher, embarcou, seguido pelos seus homens. A bordo, encarou o pranto da esposa, que contemplava desolada as ruínas do castelo, e pergunta-lhe qual a razão, sendo respondido:

Armas do Porto

Perguntas-me o que miro?
Traidor rei, que hei-de eu mirar?
As torres daquele Alcácer
Que ainda estão a fumegar!
Se eu fui ali tão ditosa,
Se ah soube o que era amar,
Se ah me fica a alma e a vida…
Traidor rei, que hei-de eu mirar?
Pois mira, Gaia! E, dizendo,
Da espada foi arrancar:
Mira Gaia, que esses olhos
Não terão mais que mirar!

Ainda de acordo com essa tradição, até os nossos dias, a encosta que o rei teria subido em Gaia denomina-se rua do Rei Ramiro, a fonte, fonte do Rei Ramiro; as armas da cidade deVila Nova de Gaia figuram uma torre encimada por um cavaleiro tocando trompa, e a zona do Porto, diante do local onde a rainha foi morta, denomina-se Miragaia.

Contudo, o nome de Miragaia poderá ter uma explicação bem mais prosaica, resultando do simples facto de estar em frente a Gaia, ou seja, a estar a mirar (ver).

Quanto à Lenda de Gaia, ela própria, para lá de todo o folcore que ficou acima descrito, importa sobretudo atender a duas questões centrais: o texto original que consta no Livro Velho de Linhagens (século XIII) e a identificação do rei Ramiro que nele é protagonista. E só há duas alternativas: ou é D. Ramiro I, falecido em 850, ou seu trineto D. Ramiro II D. Ramiro II, sendo que de ambos o filho herdeiro se chamou Ordonho.

A Ribeira

Ribeira é um dos locais mais antigos e típicos da cidade do Porto na margem direita do rio Douro e faz parte do Centro Histórico do Porto, considerado Património Mundial da Unesco.

Veja aqui:

. Praça da Ribeira
. Rua da Fonte Taurina
. Muro dos Bacalhoeiros
. Casa do Infante

Mas mais do que ver, experimente falar com as pessoas que o vão acolher. Apesar de relativamente desertificada ainda encontrará residentes que ali trabalham sobretudo em restaurantes ( os que se situam em ruas secundárias). A experiência do falar “à Porto” é unica e inesquecível!

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