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A desilusão de um jornalista perante as decisões da justiça - Região do Norte

A desilusão de um jornalista perante as decisões da justiça

Sinto-me um zero com tanto esterco! Não sou político que comenta futebol… e até joguei à bola durante muitos anos. Não sou treinador que faz política. Não sou juíz mergulhado nos Conselhos de Disciplina e de Justiça do Futebol.

Não sou licenciado em Direito — mas estudei Direito — mas isso torna-me incapaz (por respeito estudantil) de comentar decisões onde se aplica o Direito Penal que os Políticos aprovaram. Não sou Magistrado nem político para defender que à justiça o que é da Justiça e à política o que é da política. 

No entanto, enquanto jornalista ao longo de 40 anos, fui algumas vezes a Tribunal acusado do crime de alegada violação da Liberdade de Imprensa. 

Os Jornais (alguns até respeitáveis) matraquearam as audiências, adiadas umas vezes porque não havia sala, outras vezes porque faltaram algumas testemunhas de acusação, anunciaram (todas as vezes que a audiência era adiada) que eu podia ser condenado a não sei quantos anos de prisão e não sei quantos euros de multa, mas quando fui absolvido — várias vezes e sempre — não publicaram uma letra (uma letra) sobre a minha absolvição.

Uma coisa aprendi a ouvir políticos, magistrados e treinadores: quando é a favor dos nossos é bom; quando é contra os nossos é estrume.

Mais de sete por cento — sete por cento, repito — do crescimento económico de Portugal não acontece (ver estudo do Banco de Portugal, citado abaixo) por causa do nosso sistema de Justiça (independente do Parlamento, do Governo e do Presidente da República),

Este é esterco em que Portugal — e o Facebook — se está a transformar. Mas o verdadeiro esterco — sublinhado por todos os relatórios internacionais — é a Justiça em Portugal. Quando se pergunta qual é o maior entrave ao desenvolvimento de Portugal, a primeira resposta é a nossa Justiça Cfr https://www.bportugal.pt/…/files/anexos/paper_13.pdf ,  a segunda é o preço, é caríssima (para ricos cf. https://www.tsf.pt/…/a-justica-em-portugal-so-tem…), é demorada (fora de tempo quando surge, cf. https://portal.oa.pt/…/jas-a-quem-serve-a-degradacao-da…), e incompetente pelas duas razões anteriores.

É isso que aprendi, ao procurar documentos independentes. 

Se não têm meios — fornecidos pelo Governo, seja ele qual for — os senhores Meretíssimos presidentes dos Supremos Tribunais e respectivos Procuradores Gerais, só têm um caminho: DEMITAM-SE.

Costa Guimarães, jornalista