Obras do Metro atrapalham cálculos eleitorais de 2025

Obras do Metro atrapalham cálculos eleitorais de 2020 – A cidade do Porto acolhe diariamente milhares de pessoas numa pressão rodoviária atrapalhada com as muitas obras do Metro em execução com as implicações que nas alterações do trânsito que incomodam os utentes e preocupam a classe política.

Todos têm na memória a derrota de Fernando Gomes causada pelo incómodo das obras “intermináveis” por ocasião do “Porto-Capital da Cultura” que apenas terminaram no mandato de Rui Rio.

“O Executivo e os representantes dos partidos com assento na Assembleia Municipal manifestaram preocupação com o impacto das obras que a Metro do Porto está a levar a cabo na cidade. Na reunião de segunda-feira à tarde, o presidente do conselho de administração da empresa transportadora colocou setembro de 2023 como limite para o arranque dos trabalhos da Linha Rubi, que vai implicar a construção de uma nova ponte sobre o Douro” –  informou www.porto.pt

Segundo a mesma publicação: “Não há hostilidade, há um nível de exigência normal, como temos com a STCP, ou com as empresas participadas”, assegurou Rui Moreira. “Não quero que me responda a nada, mas deixar uma nota sobre as preocupações. Sabemos que há atrasos que são imponderáveis. Temos de ter cuidado para, ao fazer uma coisa boa, não destruir outras coisas na cidade. Estão duas obras para arrancar que vão ter impacto, a Linha Rubi e o BRT. O que nos preocupa é que a cidade possa atingir um nível de disrupção intolerável; temos de acautelar isso. Estamos a tentar perceber até que ponto podemos mitigar esses impactos sem perder PRR”, acrescentou.

Concelhia do PSD/Porto exige que o Governo e a Metro do Porto introduzam medidas mitigadoras dos constrangimentos provocados pelas obras da Metro

Ao mesmo tempo o PSD/Porto manifestou a sua preocupação em comunicado:

Na sequência das notícias divulgadas nos últimos dias e da reunião de ontem da Assembleia Municipal com a administração da Metro, o PSD/Porto manifesta:

1º incompreensão pela forma como o Governo e a Metro do Porto impuseram a construção da nova ponte, sua localização e inserção na malha urbana da cidade sem ouvir o Porto e os seus representantes, e sem terem sido estudadas outras soluções;

2º preocupação com os impactos que as futuras obras da linha ruby (nova ponte/ estação no Campo Alegre/ ligação à estação da Casa da Música) e da obra para instalação da linha BRT na Avenida da Boavista (Boavista/ (Praça do Império)/ Castelo do Queijo) vão ter na cidade;

3º apreensão com os atrasos da obra em curso na linha rosa (estações Casa da Música/ Galiza/ Hospital Sto. António/ Aliados) que, em muitas zonas, já leva mais de meio ano de atraso e cujo atraso implicará coincidência temporal com as obras já referidas;

4º dúvidas na forma como a Metro do Porto tem gerido a comunicação da obra na linha rosa, em particular com o Município do Porto e demais entidades com responsabilidade na mobilidade e transportes.

Torna-se, por todos os pontos acima referenciados, absolutamente imperioso que o Governo e a Metro do Porto tomem medidas mitigadoras dos constrangimentos que já se sentem nas obras da linha rosa e que serão ampliados quando se iniciarem as obras da linha ruby e da linha BRT da Boavista, com danos evidentes na qualidade de vida dos Portuenses.

Obras públicas desta dimensão e desta importância têm de ter em atenção as dinâmicas de mobilidade pré-existentes, sobretudo no Porto, pela sua malha urbana, pela sua rede viária e pela carga a que essa rede viária é sujeita diariamente.

O que está aqui em causa são alterações significativas na mobilidade, por um horizonte temporal de cerca de 3 anos, com impactos negativos sobre os Portuenses e todos os que cá trabalham, estudam e visitam, que vêm prejudicado o seu dia-a-dia pela dificuldade que estes constrangimentos causam na circulação viária no Porto.

Nesse sentido, o PSD/Porto exige do Governo e da Metro do Porto medidas para aliviar a pressão que estas obras têm na cidade, com claros prejuízos na qualidade de vida dos Portuenses, entre as quais destacamos a possibilidade de serem introduzidas alterações nas portagens das autoestradas que circundam a cidade do Porto, que reduzam os fluxos de atravessamento do Porto; a melhoria na comunicação e na sinalização das obras em curso, que reforcem a informação junto dos cidadãos; e em articulação com o Município do Porto, a implementação de percursos alternativos dentro da cidade para reduzir os congestionamentos nas zonas de obra.

(foto www,porto.pt)
(foto principal: https://viva-porto.pt/metro-do-porto-obras-das-linhas-rosa-e-amarela-avancam-a-bom-ritmo/