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Domingo, Abril 28, 2024

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Mosteiro de Vilar de Frades

Detalhes… No “Reino” mágico do Minho… Entrada do Mosteiro de S. Salvador de Vilar de Frades (Séc. XI)…

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“Existe apenas um bem, o conhecimento, e um mal, a ignorância“ – Sócrates (filósofo grego)
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BARCELOS – O mosteiro beneditino de Vilar de Frades, também conhecido como Convento dos Lóios, terá sido fundado em 566 pelo bispo S. Martinho de Dume. A sua total ruína, na sequência das invasões muçulmanas, levou a uma completa reconstrução românica do cenóbio quinhentos anos mais tarde, em 1070, por encomenda de D. Godinho Viegas. Logo no início do século XIV a propriedade encontra-se despovoada e em 1425 é entregue a uma nova congregação – dirigida por Mestre João Vicente, futuro bispo de Lamego e Viseu – os Cónegos de S. Salvador de Vilar de Frades, conhecidos por Lóios, por lhes ter sido doada a Igreja de Santo Elói, em Lisboa.
Da primitiva construção resta apenas o portal, com três arquivoltas ricamente ornamentadas de seres fabulosos e elementos naturalistas e geométricos, assentes em colunelos com capitéis historiados representando um bestiário típico do românico. Existem ainda vestígios de uma janela e os arranques da torre sul, onde hoje se integra o portal.
A partir do século XVI várias obras de ampliação e remodelação começam a alterar substancialmente a feição do antigo mosteiro românico e de toda a cerca conventual, datando de meados de quinhentos uma segunda torre a norte, os dormitórios, o refeitório, a cozinha, a biblioteca e o claustro, ao centro do qual se erigiu um chafariz de mármore, mandado talhar em Lisboa em 1596, composto por duas taças com bicas em forma de carrancas.
Quinhentistas são ainda o cadeiral do coro, o órgão da igreja e o retábulo do altar-mor, pertencendo já a finais do século o retábulo do Espírito Santo. Mas as obras manuelinas estão entre as mais impressionantes, conservando-se o portal principal enquadrado por dois grandes colunelos ao modo de troncos podados, ao qual se acede por um alpendre saliente e no interior a elegante e complexa abóbada nervurada cobrindo a nave única desta igreja-salão, com vasta capela-mor (concluída apenas em meados do século XVII). De salientar ainda a abóbada do braço sul do transepto, muito ornamentada. A autoria destas obras foi recentemente atribuída a João Lopes o Velho, famoso arquitecto dividido entre a Galiza e o Norte de Portugal.
(41°32’25.65″N 8°33’28.06″W) Areias de Vilar – Barcelos – Braga – Minho – Portugal
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Por Daniel Jorge
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